Monday, March 09, 2015

O Brasil tá ótimo, e vamos bater lata assim mesmo!! Ou eu não entendo mais nada?


 
Não sei mais o que pensar sobre esse país, cada vez vejo mais incoerências nas coisas, nas atitudes das pessoas, nas notícias, nas manifestações, nas reações e comentários sobre sobre elas, etc...

É tanta coisa que nem sei por onde começar.

Bom, vou tentar dar a minha visão sobre uma delas e mais recente, o tal panelaço durante o pronunciamento da Dilma ontem, 8 de março, dia da mulher.

O que que foi aquilo? Assim que começou o pronunciamento, comecei também a ouvir uns gritos e um barulho de panelas batendo.

Eu não tinha acessado minhas “redes anti-sociais” ontem, pois estava vivendo a vida de verdade com a Carla, correndo atrás das nossas coisas, então não sabia que havia acontecido uma mobilização para o tal protesto durante o falatório da nossa presidanta, que gostem ou não, foi reeleita há apenas 4 meses por esse zé povinho manipulado e comprado com todos os bolsas esmolas que esse governo inventou.

Num primeiro momento pensei que fosse torcida pelos concorrente do BBB (Big Babaca Brasil) em noite de eliminação. Mas continuei prestando atenção e o coro parecia de uma torcida só.

Fiquei ouvindo o que as pessoas falavam, e foram coisas do tipo “Fora Dilma”, “Fora PT”, até besteiras absurdas como “Dilma vagabunda” e até “Vai Curíntia”, essa última foi demais, hahaha!

Pensei comigo mesmo, e tive vontade de perguntar pra um desses batedores de panela, de que adianta gritar, bater, panela, etc e depois continuar se comportando da mesma maneira, comprando tudo que aparece pela frente, em 10 vezes no cartão de crédito, postando fotos da vida glamourosa que eles querem que as pessoas pensem que eles levam, e tudo isso acessando as redes sociais com um celular pago em 24 vezes, via umas das internet mais caras, lentas e sofríveis de se navegar no mundo?

Ontem fui no antigamente conhecido como shopping “Dom Pobre”, que foi uma brincadeira que surgiu assim que o shopping Dom Pedro foi inaugurado pois as pessoas com menos poder aquisitivo começaram a frequentar em massa o lugar, mas que hoje de pobre não tem mais nada.

Ví o estacionamento lotado de carros novos, e não eram carros populares não, ví muitos carros de luxo, caminhonetes que passam dos R$100mil, ví pessoas com sacolas e mais sacolas de compras, pagando R$5,50 num refrigerante de lata, R$6,00 num salgado de balcão pra comer em pé. Por onde olhei vi gente comprando, gastando e gastando.

Em todas as lojas que entrei, nos caixas havia fila pra pagar. Isso pra mim significa gente gastando, aliás mais gente gastando do que a demanda que a loja havia projetado, quer dizer, gente comprando, comprando e comprando.

E aí, à noite, fazem protesto durante o falatório da presidanta? Santa incoerência Batman! Eu não entendo.

Já que, aqui, o que vale é o que você ostenta, eu não vou me surpreender, se hoje nas famigeradas redes sociais, as pessoas postarem fotos do panelaço de ontem, rindo, com panelas da marca badalada do momento, reunidas com os amigos fazendo a festa.

Vai zé povinho, bate panela mas continua comprando em 10 vezes no cartão porque tem que mostrar pros outros que tem determinada coisa que todo mundo tem. 

Se não fizer isso, não se sente aceito no meio onde vive.

Bate panela e reclama, se revolta com o pronunciamento da Dilma, mas está vendo esse mesmo pronunciamento numa Smart TV de 50 polegadas comprada em parcelas incomensuráveis à perder de vista, mas “não tem pobrema, é só noventa e nove real por mêis no cartao, a gente nem sente as percela.”

Sei lá, é muita incoerência, muita hipocrisia que rola nesse país. Pra mim só tem uma solução, alias duas.

A primeira é esse consumo louco parar, mas como diz um ditado antigo: “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”, é dificil botar na cabeça de alguém, que nunca teve condições mínimas de compra e que agora tem o cartão mágico nas mãos que diz “sim”pra tudo, que ela não pode alimentar esse círculo vicioso de compra e consumo desenfreado.

A segunda coisa, e que eu gostaria mesmo que acontecesse, é a separação do Brasil em estados independentes, totalmente independentes, assim cada um cuida do seu proprio rabo, e reiveste o que gera de impostos localmente, e não como funciona hoje, onde os impostos vão para a caixa forte da terra do nunca, a capital do país, de lá escorrem pelos ralos da roubalheira e corrupção, e apenas um mínimo retorna ao estado de origem.

É isso, apenas meu comentário sobre um dos assuntos absurdos do momento.

Cheers!

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