O achismo no mercado financeiro!

Hoje, vendo um programa lixo de TV, onde as pessoas dão opiniões sobre cenas gravadas por atores meia boca, e encenam, ou tentam encenar os grandes dilemas da vida moderna, tipo “sou chefe do meu amigo e tenho que demiti-lo, o que fazer?”,”devo emprestar dinheiro para um amigo e arriscar perder a amizade se ele não me retornar o dinheiro” e o pior de todos que eu vi até agora “Qual o impacto do BBB (Bando de Babacas Bundões) na sociedade brasileira?”, entre outras pérolas. 

   

E me dei conta de que o verbo mais conjugado nesse mundo é “achar”.

A maioria dos intelectuais e especialistas convidados do programa começa a responder uma pergunta com 

“Eu acho que...”, e fiquei pensando e lembrando o tempo em que eu ia à antiga corretora do Banespa em Campinas e via aquele bando de ratazanas especuladoras olhando os antigos e saudosos terminais CMA de cotações dos papéis listados na Bovespa, quando nem existia o MegaBolsa e Home Broker era apenas um corretor de imóveis americano.

Lembrei de que os achistas de plantão sempre diziam duas frases, “Eu acho que vai cair” e “Eu acho que vai subir”.

Agora, mais de 10 anos depois, voltando ao grande casino brasileiro, escuto as mesmas frases dos especialistas, analistas de plantão. Incluindo os formados em universidades com nome de sopa de letrinhas e aqueles que são formados pela curiosidade em operar no mercado financeiro.

Cheguei à conclusão de que ninguém sabe nada de nada... Por mais que se estude, por mais que se análise gráficos, balanços, demonstrativos, etc... Por mais que se tenha uma informação privilegiada, por mais que você se cerque de dados, no final das contas, um segundo antes de você colocar a sua oferta, você vai pensar “Eu acho que vai subir” ou “Eu acho que vai cair” e pronto, simples palpite...

Por que as pessoas tem medo de afirmar as coisas, os pensamentos em que acreditam? Por que tudo é “eu acho”?

Outro dia eu ouvi de um analista, de um banco que opera pesado na Bovespa, a seguinte frase:

“Eu acho que, com certeza, o mercado vai reagir se as condições atuais mudarem”.

O que isso significa?

Não sabe? Eu traduzo, ele quis dizer “Eu não tenho a menor ideia do que vai acontecer e se eu disser uma besteira, vou perder meu emprego e meu bônus no fim do ano, então vou ficar em cima do muro mesmo”.

É isso aí, tenho que ir nessa, comprar uns papéis porque eu acho que o mercado vai subir!

Cheers!

"I think I don´t have a fu6k1ng clue!" 

Hibernação no Verão!

Desde agosto sem publicar nada no blog, correndo atrás das coisas aqui na terrinha brasilis.

Fiquei pensando se o blog tem, ainda, razão de existir já que a descrição dele é: “Diário de um vira-lata meio italiano meio brasileiro no velho mundo.”

Não to mais no velho mundo, então não sei se tenho muito mais pra escrever sobre ele e a minha odisseia por lá.

Talvez eu invente outro blog chamado “FalacoBR” com a descrição “Diário de um estrangeiro no próprio país”, “De volta do coma depois de 7 anos”,”Impressões de alguém em choque cultural reverso exponenciado à décima base”,”Ta todo mundo louco no brasil?”...

Ou qualquer coisa parecida...

O fato é que voltei, pra o lugar de onde saí há 7 anos atrás, pensando que ia encontrar tudo como deixei... Mas... Encontrei um país novo, com algumas coisas melhoradas, outras muito pioradas...

Não sei se essa mudança aconteceu ao longo destes 7 anos em que fiquei fora, e eu não percebi porque só vinha pra cá como turista; ou se essa mudança aconteceu muito rápido e de um ano pra ca, desde a minha última visita, tudo virou do avesso.

        Deixando as coisas importantes de lado, as que mais me irritam aqui e agora, são:

      - Buzininha de moto! É só impressão minha ou todos os motoqueiros descobriram pra que serve aquele botãozinho vermelho no guidão da moto e decidiram apertar incontrolavelmente até explodir os tímpanos dos outros?

 
- Barulhinho de radio nextel! Aquele “príí” entra nos meus ouvidos como uma agulha e espeta o centro do meu cérebro!

- Falta de educação! As pessoas deviam aprender, na escola, três expressões básicas: “Com licença”, ”por favor” e “muito obrigado”.

Melhor parar por aqui com a lista, senão nem eu vou aguentar ler meu próprio texto.

É isso então, fiquei em hibernação no blog durante esse verão no brasil, mas sempre observando o que acontece, sempre.

Se tiver paciência, escrevo mais em breve, senão entro em hibernação de novo.

Cheers!!