Por razões
de força maior, e por falta de saco de ligar na Net para contratar o
inexplicável produto deles chamado “Melhoria de sinal”,nestes dias tenho apenas
dois canais na TV para assistir, a TV Cultura e a TV Glóbulo.
Só um parênteses
sobre a Net, se eu tenho que contratar um produto chamado “melhoria de sinal”
para poder ver apenas o básico de canais abertos, quer dizer que o sinal
normal, sem melhoria, é uma porcaria que não trás nada “assistível”
literalmente? Então deveria se chamar “Mínimo de canais” porque o que vem sem
essa melhoria é simplesmente um lixo que deixa as pessoas vesgas tentando
assistir.
Voltando ao
texto principal, entre a TV Cultura e a Tv Glóbulo, é claro que o BBB é mais
interessante que uma série sei lá de que país do leste Europeu, então é lógico
que parei para assistir, na semana passada, o evento alto da semana, a “Noite
de Eliminação no BBB”.
Pois bem,
estava lá assistindo aquele monte de besteiras e tal, até que o apresentador
começou a discursar, ouvi o que ele dizia, ouvi mais um pouco, e mais um pouco,
até que desisti.
Me senti um
mobral mesmo. Pensei nas minhas professoras e professores de Português do
Imaculada e da ETEC, que faziam a gente devorar a gramática e aprender sobre literatura,
ler, escrever e interpretar textos, suavam e se esforçavam, aulas e mais aulas.
E tive pena
delas, porque no meu caso, o esforço foi em vão.
Falando bem
na lata mesmo, não entendi merda nenhuma que o Pedro Bial falou e acredito que
99% da audiência culta desse programa de massa não tenha entendido nada também.
Então, pra
ver se alguém me ajuda à decifrar as sábias palavras proferidas por esse poeta
do século 21, colei uma parte do que ele falou logo abaixo.
Se alguém
não entender, tudo bem, não se sinta envergonhado porque além de não entender o
que ele disse, também não entendi o porque dessas palavras todas juntas numa
eliminação de BBB... Haja lixo vomitado nas nossas caras nessa televisão
brasileira.
Se você
entender, show, você é um ser superior.
E me
explicando sobre o título desse texto, acho que o Bial é um poeta
incompreendido só por mim mesmo, o mobral :)
Como costumo
dizer: “Shambles!”
Segue:
“Se o BBB
fosse um livro, este o faria um romance policial existencialista, narrado em
versos livres.
Para este outro, bastaria uma página, com letras de ouro: sua certidão de casamento.
Para esta, seria a utopia de um castelo de papel, onde seu príncipe encantado teria um vocabulário de apenas três palavras e as repetiria até o fim dos tempos: eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo...
Se o BBB fosse um livro, esta faria uma história da Arte ou da fofoca, feita só de ilustrações, sem palavras.
Já este inscreveria no livro a letra fria da lei, constituição, código civil e criminal, no rigor da linguagem, da carta às icamiabas.
E este outro ainda, faria um manual sobre tal certame esportivo, com as regras do jogo, ou livro de receitas.
Só que não há receita para esse jogo, nem regras.
E, preto no branco, nessas páginas aí...
Todo verso tem pé quebrado.
Senhor juiz, pare agora! Alguém tem sim algo a dizer contra esse casamento.
E que mané príncipe encantado, Shangri-la é mais pra lá...
Pois, invertendo a célebre pergunta de Alice, de que vale um livro sem palavras?
Mais belo que folhas repletas de preâmbulos, títulos, seções, artigos, parágrafos e emendas, é lei, que para se fazer valer basta ser chamada: em nome da lei!
E no manual de instruções desse impossível livro, está escrito: só sai daí eliminado ou frito.
Vem, tem um monte de provas pra você ganhar aqui fora, Rafael.”
Para este outro, bastaria uma página, com letras de ouro: sua certidão de casamento.
Para esta, seria a utopia de um castelo de papel, onde seu príncipe encantado teria um vocabulário de apenas três palavras e as repetiria até o fim dos tempos: eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo...
Se o BBB fosse um livro, esta faria uma história da Arte ou da fofoca, feita só de ilustrações, sem palavras.
Já este inscreveria no livro a letra fria da lei, constituição, código civil e criminal, no rigor da linguagem, da carta às icamiabas.
E este outro ainda, faria um manual sobre tal certame esportivo, com as regras do jogo, ou livro de receitas.
Só que não há receita para esse jogo, nem regras.
E, preto no branco, nessas páginas aí...
Todo verso tem pé quebrado.
Senhor juiz, pare agora! Alguém tem sim algo a dizer contra esse casamento.
E que mané príncipe encantado, Shangri-la é mais pra lá...
Pois, invertendo a célebre pergunta de Alice, de que vale um livro sem palavras?
Mais belo que folhas repletas de preâmbulos, títulos, seções, artigos, parágrafos e emendas, é lei, que para se fazer valer basta ser chamada: em nome da lei!
E no manual de instruções desse impossível livro, está escrito: só sai daí eliminado ou frito.
Vem, tem um monte de provas pra você ganhar aqui fora, Rafael.”
Cheers!
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